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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

OS PERÍODOS DA HISTÓRIA



Periodização da História
Denomina-se de periodização da História à divisão, para fins didáticos, da História em épocas, períodos ou idades. A necessidade desses "cortes" (ou "recortes") é tão antiga quanto a da escrita da História, cada época ou cultura tendo usado uma diferente metodologia. Embora qualquer articulação no processo histórico seja artificial (e passível de críticas), essa prática torna-se indispensável para que o conhecimento histórico se torne inteligível. Desse modo, pode haver tantas divisões quantos pontos-de-vista - culturais, etnográficos e ideológicos. Não há como definir um padrão único ou consensual.
O método mais antigo de periodização empregado pelo Homem foi o da articulação político-genealógica, observando os limites dos reinados e das dinastias.
Na Grécia Antiga, Hesíodo, em Os Trabalhos e os Dias, propôs uma articulação por épocas, a as cinco idades (Ouro, Prata, Bronze, Heróis e Ferro).
Posteriormente, Políbio, um dos primeiros historiadores a encarar a História como uma sequência lógica de causas e efeitos, por outras razões, optou por uma teoria de rígida sucessão das instituições políticas.
O Cristianismo trouxe uma concepção de devir histórico linear, uniforme, que, estendendo-se da Criação até ao Juízo Final, foi adaptada em uma forma secular pelo moderno pensamento histórico. Cada época passou a ter um caráter único, individual, quer de acordo, por exemplo, com o modelo dos seis dias bíblicos da Criação, quer com o das quatro monarquias universais (o Império Babilônico, o Medo-Persa, Grécia e Roma).
A articulação em - Antiguidade – Idade Média – Idade Moderna – foi enunciada pelo alemão Cristoph Cellarius (1634-1707) que, de início, correspondia à interpretação e valorização pelos Humanistas de uma história cultural européia ocidental.
Ao final do século XIX, quando da afirmação da História enquanto ciência, afirmou-se no mundo ocidental uma divisão baseada em grandes marcos ou eventos, que se denomina de "periodização clássica":
  Periodização Clássica

Pré-História

A chamada Pré-história inicia-se com o surgimento do Homem na Terra e dura até cerca de 4.000 a.C., com o surgimento da escrita no Crescente Fértil, mais precisamente na Mesopotâmia. Caracteriza-se, grosso modo, pelo nomadismo e actividades de caça e de re-colecção. Surge a agricultura e a pecuária, os quais levaram os homens pré-históricos ao sedentarismo e a criação das primeiras cidades.
Foram feitas grandes descobertas sem as quais hoje seria muito difícil viver: - No Período Paleolítico ou Idade Da Pedra Lascada: tivemos a descoberta do fogo; - No Período Neolítico ou Idade Da Pedra Polida, ocorreu a revolução agrícola: domesticaram-se animais, e começou-se a praticar a domesticação de espécies vegetais; - Na Idade dos Metais: fundição dos metais e utilização deste no fabrico de instrumentos.
Idade Antiga

Idade Antiga

A Antiguidade compreende-se de cerca de 4.000 a.C. até 476 d.C., quando ocorre a queda do Império Romano do Ocidente. É estudada com estreita relação ao Próximo Oriente, onde floresceram as primeiras civilizações, sobretudo no chamado Crescente Fértil, que atraiu, pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do Egipto, Palestina, Mesopotâmia, Irão e Fenícia. Abrange, também, as chamadas civilizações clássicas: Grécia e Roma.
Idade Média

Idade Média

A Idade Média é limitada entre o ano de 476 d.C. até 1453, quando ocorre a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos e consequente queda do Império Romano do Oriente. É estudada com relação às trêsculturas em confronto em torno da bacia do mar Mediterrâneo. Caracterizou-se pelo modo de produção feudal em algumas regiões da Europa.
Idade Moderna

Idade Moderna

A chamada Idade Moderna é considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão da Revolução Francesa. Compreende o período da invenção da Imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento. Caracteriza-se pelo nascimento do modo de produção capitalista.
Idade Contemporânea

Idade Contemporânea

A chamada Idade Contemporânea compreende-se de 1789 até aos dias atuais. Envolve conceitos tão diferentes quanto o grande avanço da técnica, os conflitos armados de grandes proporções e a Nova Ordem Mundial.
Críticas à periodização clássica
Os críticos dessa fórmula de periodização, baseada em eventos ou fatos históricos, apontam diversos inconvenientes em seus "recortes", entre os quais:
o advento da escrita ocorreu em diferentes períodos em diferentes culturas, tornando imprecisa uma comparação puramente cronológica, por exemplo, entre as culturas do Crescente Fértil com as diferentes culturas pré-Colombianas;
as mudanças ocorridas entre períodos registraram-se gradualmente, e em velocidades variáveis conforme as culturas/regiões, como por exemplo, o fim de um modo de produção como o feudalismo.
Mesmo nesta periodização há críticas sobre quais seriam os marcos para o fim e começo dos períodos; assim, alguns autores assinalam o fim da Antiguidade em 395, como Joaquim Silva e J. B. Damasco Penna, informando que "há historiadores que preferem considerar o fim da Antiguidade em 476..."; estes autores colocam o fim da Idade Média em 1453, ano da queda de Constantinopla, enquanto "nem por todos é aceita; alguns colocam o fim da Idade Média em 1492, data do descobrimento da América". Já para a Era Contemporânea, trazem que "também há críticas de historiadores, vários dos quais entendem que a História Contemporânea começa realmente em 1914, início da Primeira Guerra Mundial..."
FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Periodiza%C3%A7%C3%A3o_da_Hist%C3%B3ria

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